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Como incentivar o consumo consciente desde cedo?

O primeiro passo para estimular as crianças a lidarem com o consumo de uma forma saudável é monitorar as compras e incentivar a reflexão sobre a real necessidade de cada gasto (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 29/08/2022

Muitos pais e mães têm dúvidas sobre como incentivar os filhos a consumir de forma consciente. O ensino da educação financeira pode ficar mais fácil se algumas estratégias forem adotadas para evitar gastos descontrolados. É preciso ainda explicar da forma correta como ter responsabilidade, planejar gastos e lidar com as frustrações. O desafio é fazer as crianças aprenderem a poupar e criar uma relação saudável com o dinheiro.

Segundo Mariana Rocha, gerente de marketing da Mozper, fintech que ajuda famílias com filhos a tomar decisões financeiras responsáveis, o primeiro passo para estimular as crianças a lidarem com o consumo de uma forma saudável "é, além de monitorar compras, incentivar a reflexão sobre a real necessidade de cada gasto ou compra, e a se perguntar, antes de comprar, se é possível esperar e fazer a compra depois". De acordo com ela, o objetivo dos pais deve ser mostrar que o problema não é gastar, mas gastar sem propósito.

A especialista também indica a realização, repetidamente, de atividades que simulam a criação de hábitos positivos. "É preciso apresentar os conceitos de dinheiro desde cedo, como ganhar, economizar e gastar com responsabilidade. A vivência, na prática, ajuda na criação destes hábitos, e, quanto mais cedo, melhor preparados e familiarizados ficarão", analisa Rocha.

Outra decisão que pais e mães precisam tomar é se o filho vai receber a mesada pelo cartão de crédito ou dinheiro. Mariana Rocha defende que o cartão de crédito tem algumas vantagens. "O cartão de crédito pré-pago estimula o consumo consciente, já que os jovens conseguem utilizar apenas o dinheiro que já está na conta. Ao mesmo tempo, ele acompanha os hábitos de consumo, como assinatura de streamings e compras online; é bloqueado em negócios restritos a menores e direciona o limite de despesas por categoria, como alimentação e entretenimento", afirma.

Por outro lado, a visualização do “dinheiro na mão” pode fazer a criança perceber melhor os gastos. Mas há outras dificuldades, como problemas de segurança, trabalho de ter que fazer saques para entregar a mesada e a dificuldade de acompanhar exatamente onde e como a quantia está sendo gasta.

Mariana Rocha alerta que "apenas prover acesso aos serviços financeiros não é educação financeira".

Ela destaca que as crianças precisam entender três etapas:

- Ganhar dinheiro por meio das tarefas, para aprender o valor;

- Poupar com as metas de poupança fixadas por ela, com apoio dos pais;

- Gastar com o gerenciamento dos responsáveis, que definem os limites de gastos para que os jovens aprendem a se planejar, baseados num orçamento.

"Assim é possível ter a experiência real de compra e consumo consciente, desenvolvendo habilidades como tomada de decisões, aprendendo a priorizar e entender o impacto dos hábitos de consumo", completa a especialista.

As crianças não vão aprender a poupar sozinhas. Por isso, de acordo com Mariana, o responsável deve colocar tudo em um papel ou no aplicativo. "Oriente as crianças a perceberem o quanto ganham e gastam em um período para conseguirem ter uma melhor compreensão das finanças. Perguntas como 'a mesada dura até o final do mês?' e 'com o que eu gasto mais?' podem ajudá-los a refletir. 
Caso estejam gastando demais em coisas supérfluas, explique a diferença entre desejo e necessidade. Também converse sobre poupança para que isso se torne um hábito e não um sacrifício e os ajude a definir objetivos de curto, médio e longo prazo com o tempo e o valor necessário para cada meta", explica a especialista.

Da redação

 

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