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Cirurgia cardíaca complexa é realizada pela 1ª vez em hospital público de SC

Foto: Karla Lobato/SES

Publicado em 09/02/2022

Pela primeira vez, o Instituto de Cardiologia (ICSC) realizou o procedimento de ablação de arritmias complexas, que elimina alterações do ritmo cardíaco. O procedimento que antes era feito apenas na rede particular, agora faz parte do hall de serviços do ICSC, sendo o hospital referência em cardiologia do Estado com atendimento 100% SUS.

O Governo do Estado investiu R$ 2 milhões na estruturação do setor e na compra de equipamentos. O procedimento ocorreu na manhã desta quarta-feira, 09, no setor de hemodinâmica. A paciente Elaine Claudino dos Santos, 39 anos, natural de Palhoça, vinha sendo acompanhada desde maio do ano passado, quando apresentou os primeiros sintomas sendo diagnosticada com uma arritmia ventricular.

Para Elaine esse era um momento muito esperado. “Quando me explicaram que faria um novo procedimento fiquei feliz e preocupada ao mesmo tempo. Estou ansiosa para poder voltar a minha vida normal, voltar para a casa”, comemora.

A cirurgia envolveu 10 profissionais, e teve mais de 4 horas de duração. Coordenada pelos médicos Fabrício Mallmann, Luciano Boff e Roberta Silva, o procedimento faz um mapeamento eletroanatômico do coração, por meio de um cateter. Dessa forma, é possível gerar uma imagem em 3D do órgão e detectar onde ocorre a arritmia, realizando uma cauterização no local exato.

Mais qualidade de vida aos pacientes 

Para o médico cardiologista Fabrício Mallmann, essa é uma forma de proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. “Com o mapeamento nós conseguimos ter uma taxa de sucesso muito maior do procedimento. Somos o único lugar do estado que está autorizado a colocar os desfibriladores implantáveis, conhecidos como CDIs, eles evitam as mortes súbitas, mas não realizam o tratamento da arritmia e quando não conseguimos realizar o controle através da medicação, conseguimos com a ablação”, complementa.

Os CDIs são equipamentos semelhantes ao marcapasso convencional, implantado em pacientes com estrutura cardíaca mais danificada. Ele emite um choque elétrico ao detectar uma arritmia.

Anteriormente, os pacientes que precisavam passar pelo procedimento eram encaminhados à rede particular, e o Estado cobria os custos da cirurgia e internação. Com a instalação do serviço na rede própria será possível atender de forma mais célere. A intenção é que sejam realizadas quatro cirurgias ao mês, atendendo pessoas de todo o estado.

Da redação

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