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Chegada das baleias-franca ao litoral motiva exposição

Mãe e filhote - Crédito: Carolina Bezamat

Publicado em 22/06/2015

Até o dia 19/7 acontece a exposição do Projeto Baleia-franca, no Continente Shopping, com dezesseis painéis fotográficos, três informativos e uma réplica em tamanho real de uma baleia-franca filhote, com cinco metros de comprimento.

Durante o inverno e a primavera, dezenas de baleias-franca vêm ao litoral Sul de Santa Catarina e ao Norte do Rio Grande do Sul para a reprodução da espécie. A maioria dos animais são fêmeas grávidas que vêm para esta região à procura de águas quentes e enseadas protegidas para o nascimento de seu filhote, mas há machos e fêmeas que buscam pares para o acasalamento.

O Projeto baleia-franca

Criada há 33 anos e localizada na praia de Itapirubá, em Imbituba, a instituição tem como objetivos preservar a espécie, monitorar e pesquisar as baleias para que elas possam retornar ao litoral Sul. Nos últimos anos, aproximadamente 120 baleias por ano frequentam a região.

Segundo Karina Groch, diretora de pesquisa do projeto, a estimativa de crescimento populacional das baleias é de 12% ao ano. Esta espécie foi caçada durante quatro séculos até quase a extinção. Na década de 80, os animais reapareceram na costa brasileira e, a partir daí, iniciou o projeto com o trabalho de pesquisa, monitoramento e conscientização.

Ela explica que as fêmeas têm um filhote a cada três anos, sendo que o tempo de gestação é de 12 meses. “Elas costumam retornar sempre ao mesmo local para terem os filhotes. Todos os animais que passam por aqui são catalogados por meio de fotografia das calosidades que têm em cima da cabeça, que são únicas para cada animal, como se fosse uma digital. Com isso, podemos saber se elas retornam”, explica.

Uma baleia-franca pode viver até 80 anos. Elas se alimentam na Antártida durante o verão, quando acumulam reserva energética na forma de gordura. Em seguida, os animais vêm para o Sul do Brasil para a reprodução. Mais informações sobre o projeto no site www.baleiafranca.org.br.

 Da redação