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Aprenda a reconhecer os sintomas e a lidar com a depressão

O Brasil é considerado um dos países com os casos mais graves relacionados aos transtornos depressivos (Foto: Divulgação)

Publicado em 27/09/2016

Desde 2014, é realizado no Brasil o Setembro Amarelo – campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. O objetivo de alarmar sobre o tema é gerar consciência do alcance da depressão e a importância de se procurar ajuda. Segundo a pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil se apresenta como um dos países com os casos mais graves relacionados aos transtornos depressivos e é o oitavo com o maior número de suicídios. Para explicar os sintomas da doença que afeta 350 milhões de pessoas no mundo, a psicóloga  Aline Melo aborda as principais dúvidas sobre o assunto.

“A depressão é uma doença que pode ser desencadeada pela junção de diversos fatores genéticos e ambientais. O seu início pode ocorrer devido a situações traumáticas, como mortes, perdas, diagnóstico de alguma doença, acidentes, entre outras, além de alterações relacionadas à tireoide ou uso de drogas lícitas ou ilícitas”, explica.

De acordo com ela, o termo depressão está muito banalizado, sendo muitas vezes confundido com momentos de tristeza comuns na vida de cada pessoa. “A depressão consiste em um estado patológico de tristeza contínuo, que afeta o sono, apetite e autoestima. Normalmente, percebe-se um afastamento social e uma certa apatia em relação às situações que costumavam ser prazerosas. Em alguns casos, incluem pensamentos suicidas”, esclarece. Ao identificar algum desses sintomas em si ou em alguém próximo, busque auxílio médico para uma avaliação e tratamento adequado.

Aquele que realmente for identificado com a tristeza patológica passará por sessões de terapia para aprofundar as causas emocionais e desenvolver recursos para lidar com os sofrimentos. Nos quadros mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos receitados por um psiquiatra. O apoio e compreensão familiar é extremamente importante para a recuperação de um paciente com depressão.  

Por outro lado, é comum alguns pacientes no princípio não aceitarem ajuda, pois acreditam que vão enfrentar suas angústias sozinhos. Por isso, os mais próximos devem sempre lidar com sutileza e sensibilidade com quem sofre de depressão. “É importante mostrar que eles não são os únicos com este problema e que procurar auxílio devido a uma frustração, não é um sinal de fraqueza, muito pelo contrário”, explica a psicóloga.

“A maneira como cada pessoa reage a uma decepção está bastante associada à personalidade e às experiências que já enfrentou na vida. Por exemplo, se desde pequena a criança é estimulada a buscar soluções para resolver seus problemas, ela crescerá sabendo que frustrações podem ocorrer, mas que existem saídas. Assim, no futuro, assimilará mais facilmente as peças que a vida nos prega”, comenta a psicóloga. “Não existem regras que determinem quem passará por depressão, o ideal é buscar um equilíbrio em nosso interior, vivendo de maneira agradável eprocurando se distrair em relação às responsabilidades diárias. Tente priorizar a qualidade de vida", finaliza Aline Melo