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A favor dos mares: acesso público a dados oceânicos da Região Sul é discutido em plano nacional

(Foto: Reprodução)

Publicado em 09/11/2020

Avanço do conhecimento e mapeamento da biodiversidade, educação ambiental sobre a saúde oceânica e disseminação desses dados de forma acessível para qualquer pessoa estão entre as principais demandas da Região Sul a serem contempladas no Plano Nacional para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. A pauta foi discutida durante a Oficina Subnacional Região Sul, que contou com a participação on-line de integrantes de órgãos públicos, pesquisadores, gestores, empresários, técnicos, comunicadores e representantes da sociedade civil.

O encontro, ocorrido no final de outubro, buscou identificar ações para os desafios da costa do Sul, tendo em vista a articulação de diferentes atores e o engajamento da sociedade. Um dos pontos mais discutidos foi a disseminação e facilitação do acesso aos dados, medições e monitoramento dos oceanos. A ideia é a criação de um banco de dados on-line, de acesso público e padronizado, facilitando a consulta das informações a qualquer pessoa. Segundo os especialistas, existem vários conteúdos disponíveis, o que falta é um sistema que os agregue e divulgue de maneira coerente, clara, acessível e permanente.

Os participantes reforçaram a necessidade de um oceano com dados acessíveis para gerar informação e conhecimento por todos e para todos, de forma a subsidiar políticas públicas, combater a desinformação e balizar o desenvolvimento ético e sustentável. “Precisamos entender que é agora o momento e que precisamos quebrar a barreira da comunicação. É essencial que os dados sejam transparentes e estejam acessíveis para todos. É preciso que isso chegue no patamar de governança e tomada de decisão”, explica o professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Ronaldo Christofoletti.

Esta foi a quarta oficina subnacional realizada para a construção coletiva do Plano Nacional da Década do Oceano. As anteriores ocorreram no Norte, Nordeste e Sudeste. O último encontro está sendo realizado nesta semana (de 9 a 13 de novembro) no Centro-Oeste. Em 2 de dezembro, será promovido o Webinário Nacional – O que temos e para onde vamos?, concluindo a agenda de eventos programada para traçar as diretrizes que ajudarão o Brasil a planejar ações a favor do ecossistema marinho-costeiro para serem executadas no período de 2021 a 2030, durante a Década do Oceano.

Década do Oceano

A Década do Oceano, que começa em 2021 e vai até 2030, foi proposta pela ONU para que todos os países voltem atenção ao ecossistema marinho-costeiro para conscientizar a população global sobre a sua importância, assim como mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.

No Brasil, a série de eventos para traçar o Plano Nacional é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marinha do Brasil, Unesco Brasil, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Rede ODS Brasil. A programação completa está disponível aqui.

Acompanhe a agenda dos próximos eventos:

09 a 13 de novembro: Oficina Região Centro-Oeste

http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/oficina-regiao-centro-oeste/

02 de dezembro: II Webinar Nacional – O que temos e para onde vamos?

http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/segundo-webnar-nacional/

 

Fonte: Fundação Grupo Boticário

Da redação