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Seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil segue em isolamento social para evitar a rápida proliferação do coronavírus. Neste cenário e com o avanço da tecnologia, muitas empresas e profissionais conseguem trabalhar remotamente, porém, outros dependem da exposição para que seu trabalho gere receita.

Para pequenos comércios e quem presta serviços autônomos, é importante ter um planejamento financeiro bem traçado, rever despesas e até buscar outras formas de renda. Para isso, Otávio Machado, especialista em educação financeira, elencou algumas dicas para facilitar o processo para que possam sair desta fase da melhor forma. Confira:
 

1. Lidar com a inadimplência   

Para quem não tem um fundo emergencial, a inadimplência pode ser uma das sensibilidades em períodos como este, pois o fluxo de caixa pode não ser capaz de tapar possíveis “buracos” com a queda da receita. Por isso, negociar o pagamento com os clientes é imprescindível. “É melhor diminuir um pouco a margem de lucro, do que deixar de receber. Por isso, reveja prazos, dê descontos para pagamentos à vista, facilite pagamentos e renegocie parcelamentos. É um período difícil, em que muitos estão passando pelas mesmas dificuldades.” 

2. Lidar com as dívidas

Estes momentos tendem a ter uma inadimplência e expectativa de juros futuros maiores, então, não é uma boa hora para quitar ou renegociar dívidas. “Descapitalizar não é uma boa opção, pois não sabemos quanto tempo vamos ficar com a economia fragilizada. Ao mesmo tempo, não fique com “medo” de não ter dinheiro e não pare de pagar as contas. Se possível, reduza e negocie contas fixas e gastos, mas não fique inadimplente, pois, ao final do período, pode levar um tempo para reverter a situação”.

3. Planejar melhor os gastos

É importante que o foco dos gastos seja em bens de primeira necessidade, como comida, água ou luz e que os cortes não signifiquem em mudanças radicais no estilo de vida da pessoa. “Em momentos de quarentena, é importante fazer um esforço para manter uma qualidade de vida dentro de casa, então, gastos com internet, entretenimento online ou vídeoaulas ganham ainda mais relevância para a distração e agregar conhecimento.”

4. Reserva de Emergência

Um dos pontos sempre reforçado pela maioria dos educadores financeiros, é a importância de se ter uma reserva de emergência. “Autônomos e pequenos comércios devem se preparar para situações inesperadas e que possam fazer a renda diminuir. A reserva de emergência serve para momentos como o que estamos passando”, diz Machado. Mas é preciso atenção ao usar esse dinheiro. “A ideia não é gastar todos esses saldos, mas sim, ter a oportunidade de usá-los caso a renda tenha sido muito afetada”, aponta.

5. Fortalecer autônomos e pequenos comércios

Essa é uma dica que vale para todos: esta é a hora de os consumidores adquirirem produtos e serviços dos menores estabelecimentos e dos autônomos para ajudá-los em seus negócios. “Essa atitude, além de ajudar as pessoas, é benéfica para a economia e para que a concorrência não diminua,” conclui Machado.

Da Redação